9º Ano B – Geografia – 2ª Atividade do 3º Bimestre Prof.ª Mª Helena
Tema
Diversidades e diferenças sociopolíticas e geopolíticas mundiais – Parte 1 e 2
Aula CMSP - PARTE 1 dias 12/08/21 e
reprise 13/08/21 – Parte 2 dias 19/08/21 e 20/08/21
Habilidade:
(EF09GE14A) Selecionar, elaborar e interpretar dados e informações sobre diversidade,
diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
Unidade
temática: Formas de representação e pensamento espacial.
Objeto do
conhecimento: Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras
formas de representação para analisar informações geográficas.
Recursos
materiais: Remotamente - Ferramentas
eletrônicas (internet, blog da UE, e-mail e WhatsApp); Dispositivos
necessários: celular, computador etc.
Presencialmente – lousa, caderno, livro, caneta, lápis etc.
Aulas previstas: 8 aulas.
Data de
entrega da atividade: até 06/09/2021
Avaliação: Formativa, durante o processo através das devolutivas das
atividades.
Meio
eletrônico de entrega: Enviadas
para o professor através do e-mail mhelenafonseca@prof.educacao.sp.gov.br
Meio
presencial de entrega: Em sala de
aula para argumentação
Horário de
atendimento aos alunos: terça,
quarta e quinta presencialmente na UE
e/ou via WhatsApp e grupos de turmas: (11) 96927-2920
Ensino
Fundamental Anos Finais: 9º ano B – 3º bimestre.
Observação para devolutivas e
atendimento.
·
Antes de responder , assistir os vídeos das aulas abaixo.
·
Para os alunos que responderem o formulário
não precisam enviar foto, o formulário identifica o aluno automaticamente. O
prazo para responderem as questões é até 06/09
· Para os alunos que retiraram as atividades na escola, devolver as atividades até dia 06/09/21 na escola, ou no e-mail mhelenafonseca@prof.educacao.sp.gov.br ou Whatsapp 11- 96927-2920, informar nome e turma, enviar foto legível.
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Segue link da atividade https://forms.gle/r4pD18beyG1Rj5UV8
Geopolítica
A
geopolítica pode ser considerada uma ciência intimamente relacionada com o
saber estratégico, ou seja, quando um Estado-nação se propõe a conhecer um
determinado território que considera fundamental para a afirmação dos seus
interesses soberanos.
Geopolítica é uma palavra associada aos assuntos
que envolvem relações internacionais, acordos diplomáticos e toda espécie de
conflito entre países, culturas ou disputas territoriais. É muito comum as
pessoas entenderem geopolítica com uma síntese dos acontecimentos atuais de
nossa sociedade. Essas definições estão muito vinculadas aos meios de
comunicação, mas o conceito de geopolítica e a sua distinção em relação à
geografia política ainda é motivo de debates entre cientistas sociais de
diversas áreas de conhecimento.
De fato, o conceito de geopolítica começou a ser
desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX por conta da redefinição
de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias, o que ficou
conhecido como imperialismo ou ainda neocolonialismo. Podemos destacar as
análises realizadas pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904),
responsável pela criação do determinismo geográfico e da Teoria do Espaço
Vital. Num cenário político de unificação da Alemanha, em contraponto ao
expansionismo já consolidado de Rússia, Inglaterra, França e até mesmo dos
Estados Unidos, Ratzel ajudou a criar uma Geografia Alemã que se prontificou em
justificar as conquistas territoriais da Alemanha.
Para Ratzel, a dominação plena de um determinado
território caracterizaria o Estado. Dessa forma, o saber geopolítico apontaria
para o Estado como centralizador de decisões estratégicas, o que legitimou as
ações imperialistas da Alemanha, como pode ser observado nas disputas que
originaram as duas grandes guerras e, em parte, nos preceitos utilizados pelo
nazismo.
Em oposição aos postulados de Ratzel, podemos citar
o geógrafo francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que criou outra
abordagem, conhecida como possibilismo. Ao final do século XIX a França ainda
não tinha um conhecimento geográfico estabelecido e, com receio das pretensões
alemãs, o Estado francês entregou a La Blache a responsabilidade de criar uma
Geografia Francesa. Segundo La Blache, o espaçogeográfico não deveria ser o
único objetivo de uma nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico,
as ações humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançando as bases
para uma geografia regional. Assim, a soberania sobre um território estaria
vinculada ao conhecimento regional, como a compreensão das formas de relevo,
aspectos climáticos, economia, população entre outros.
Dentro desse contexto podemos também citar o
geógrafo britânico Halford Mackinder (1861-1947), que publicou no ano de 1904 o
ensaio "O Pivô Geográfico da História”, que destacava o poder das
conquistas territoriais continentais, apresentando uma maior preocupação com a
ocupação da Europa Centro-Oriental, até porque os transportes terrestres
começavam a favorecer a interiorização das ocupações, mudando um pouco as
estratégias que até então depositavam maior importância nas conquistas
marítimas.
Mas foi o jurista sueco Rudolf Kjellén (1864-1922),
seguidor das ideias de Ratzel, quem criou o termo geopolítica no
ano de 1916, procurando estabelecer relações entre os acontecimentos políticos
e os aspectos geográficos. Cabe ressaltar que, nos dias atuais, a geopolítica é
considerada como uma frente teórica que compreende o território e as
suas nuances políticas, não apenas no plano externo como também nas questões
internas a um determinado Estado-nação.
O período conhecido como Guerra Fria expressou
muitos dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa
ideológica e territorial entre duas potências, a União Soviética e os Estados
Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no que tange às decisões
estratégicas e na definição de valores e padrões sociais.
Com o final da Guerra Fria, as maiores discussões
geopolíticas correspondem ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às
redefinições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e até mesmo
aos problemas socioambientais. Algumas problemáticas como o aumento do alcance
das organizações transnacionais frente aos Estados, o crescimento econômico
chinês e a formação dos blocos econômicos podem ser agrupados em uma nova
ramificação teórica conhecida como geoeconomia.
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